Federação acredita que o esvaziamento das políticas públicas para a Agricultura Familiar só vai cessar com a saída do Presidente
Mais de 400 pessoas se reuniram no sábado (13) com uma pauta bastante incisiva: o fim do governo Bolsonaro. A Plenária Fora Bolsonaro aconteceu virtualmente e teve a participação de militantes, entidades sindicais, movimentos sociais da cidade e do campo, além de partidos políticos e representações religiosas.
A tônica da Plenária Estadual Fora Bolsonaro foi o agravamento da pandemia por conta do descaso do Presidente, que perdeu oportunidades de adquirir vacinas e influenciou a população a não seguir as recomendações sanitárias para evitar o contágio COVID-19.
A ideia do encontro foi organizar a resistência contra as ações do governo que, de acordo com o movimento, estão levando a população a um abismo de miséria, abandono e morte.
Para o economista e líder da coordenação do Movimento Sem Terra (MST), João Pedro Stédile, “enquanto não vier vacina, nós temos que perseguir todo santo dia o governo Bolsonaro. Todo nosso esforço neste momento como parte organizada da classe é fazer a luta ideológica. Precisamos denunciar a burguesia, denunciar o projeto de Bolsonaro e denunciar que o agravamento da pandemia é responsabilidade deste governo”.
Maldades com a Agricultura Familiar
A FETRAF-SC (Federação de Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar de Santa Catarina), participou da organização do evento através do coordenador, Jandir Selzer, que também é membro da Comissão Estadual da Frente Fora Bolsonaro.
Selzler avalia o impacto das decisões do governo Bolsonaro sobre a Agricultura Familiar com bastante preocupação: “além de acabar com o Programa de Habitação Rural, aumentar as taxas de juros do Pronaf, este governo ainda fala em dar fim ao Proagro, entregando esta importante política pública nas mãos de seguradoras privadas”, referindo-se ao programa de garantia da atividade agropecuária.
Somando isso ao fato de que, em 2020, Bolsonaro também vetou o Projeto de Lei que garantiria crédito emergencial de até R$ 3 mil para a Agricultura Familiar, o representante da FETRAF-SC justifica o apoio ao manifesto Fora Bolsonaro, e acredita não existir qualquer perspectiva de garantir políticas públicas para a Agricultura Familiar enquanto houver a manutenção deste projeto de governo.
Veja o calendário definado na Plenária Fora Bolsonaro
16 de março:
18h -Manifesto e ato pela vida e contra a carestia – assinatura do manifesto e live
Retomada dos Comitês de Solidariedade (arrecadação de alimentos)
18 de março:
Auxílio Emergencial – FOME – Atos simbólicos com panelas vazias; Deputados/as Vereadores/as de esquerda devem levar panela vazia nas sessões
19 e 20 de março:
6ª Semana Social Brasileira – Terra e Economia
21 de março:
Dia de luta contra discriminação racial (carreatas nos bairros/comunidades).
22 de março:
Dia Mundial da Água
24 de março:
LOCKDOWN EM DEFESA DA VIDA E DOS DIREITOS
28 de março:
Dia da Entrega de Alimentos
1º de abril:
Dia de denúncia: ditadura militar, nunca mais!
7 de abril:
Atos Simbólicos por Vacina para Todos, defesa do SUS e solidariedade aos profissionais da Saúde. Audiências e atividades nas Câmara legislativas (assembleia e Câmaras) para compra de Vacinas.
11 de abril:
ÀS 15 horas Acender velas em locais públicos em homenagem aos mortos; atos inter-religiosos.
17 de abril:
Dia Internacional da luta pela terra, Dia Nacional pela Reforma agrária (massacre Eldorado) – Manifestações Simbólicas
Com informações: CUT-SC
Imagem: Divulgação/CUT-SC