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Agricultura Familiar: reflexões para uma nova gestão pública

A agricultura familiar, catarinense traz em sua identidade um modo diferenciado de viver e produzir, portanto, é fundamental olhar para este diferencial e a diversidade expressada nas suas dimensões: ambiental, cultural, social, econômica e na produção que relaciona quantidade e qualidade. Pois este modo diferenciado, revela a vida no espaço rural da agricultura familiar. Um rural com gente, que produz e reproduz cultura, jeitos de ser, história viva de lugares e tempos que se encontram nas suas comunidades. O que suscita a qualquer projeto de gestão pública a responsabilidade de lançar olhar a este diferencial, que se revela fundamental a maioria dos municípios catarinense.

Embora um território de apenas 95.346 km2, (1,12% do território nacional), nosso estado é destaque econômico nacional. Somente o setor agrícola com mais de 700 mil empregos diretos, movimenta em torno de R$ 61 bilhões, ou seja, 29% do Produto Interno Bruto (PIB) catarinense. Força economia que se revela nos dados do Censo Agropecuário 2017 que aponta a existência de 183.065 estabelecimentos predominantemente em sistema produtivo da Agricultura Familiar e Camponesa, sendo estes, determinantes para a vida econômica e social de 90% dos municípios com menos de 50 mil habitantes.

São números que revelam nossa importância no desenvolvimento econômico, social, ambiental e cultural, que merecem atenção especial por parte dos poderes executivo e legislativo municipal. Um poder executivo comprometido com as centralidades da vida social de sua população, assim como, responsabilidades com a base econômica local. Não sendo diferente a importância do poder legislativo, comprometido no desenvolvimento, fiscalizando investimentos, propondo projetos de lei que fortaleçam a produção agrícola e a economia municipal. Assim como, compromisso de defender a dignidade nas áreas rurais, com estradas bem estruturadas para acessos e escoamentos da produção, infraestrutura de energia elétrica, telefonia, internet, assistência técnica, atenção básica a saúde mental e física aos sujeitos do campo.

Instigado a responsabilidade pelo momento que enfrentamos na redução das políticas públicas federais de atenção a agricultura familiar e nosso grande imperativo democrático que são as eleições, é que a Fetraf Santa Catarina quer provocar a reflexão neste ano que as eleições em 15 de novembro determinam a vida administrativa dos municípios. Portanto, precisamos avançar na discussão de gestores comprometidos com o setor produtivo e econômico local, responsabilidade social, ambiental e estrutural da base econômica rural como um todo.

Acesse o documento completo produzido pela FETRAF-SC:

 

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