Mais de 70 agricultores familiares de 14 municípios de Santa Catarina, entre técnicos, secretários e entidades do campo da região Sul do estado estiveram em Sangão, onde participaram de um seminário sobre o Sistema de Plantio Direto de Hortaliças e outros cultivos (SPDH).
O evento faz parte do projeto de Assistência Técnica e Extensão Rural (Ater), desenvolvido pela Federação que representa a Agricultura Familiar de Santa Catarina (FETRAF-SC), e executado pelo Instituto de Cooperação da Agricultura Familiar (ICAF-SC).
De acordo com a FETRAF-SC, mais de 600 famílias foram contempladas pelo projeto de transição para a agroecologia em todo o estado, “nesta primeira etapa, são 10 seminários que acontecem em toda Santa Catarina com o objetivo de incentivar uma produção mais ética com o meio ambiente e com a sociedade”, explica o coordenador da Federação, Jandir Selzler.
Os seminários
Em 2023, encontros como esse já aconteceram em municípios como Chapecó e São Lourenço do Oeste, chegando agora ao Sul do estado. Segundo Jackson Goulart Pereira, coordenador da microrregião Sul da FETRAF-SC, “a região é bastante rica e nosso agricultores têm muita vontade e potencial para abraçar a transição agroecológica”, diz o coordenador.
Desta vez, participaram do encontro em Sangão agricultores familiares dos municípios de:
- Santa Rosa de Lima;
- Santa Rosa do Sul;
- Praia Grande;
- Rio Fortuna;
- São Ludgero;
- Jaguaruna;
- Sangão;
- Treze de Maio;
- Sombrio;
- Criciúma;
- Tubarão;
- Armazém;
- Gravatal;
- São Marinho.
Também estiveram presentes entidades como Epagri, Cresol, Agreco, Producooper, Agrisan, além de secretários de Agricultura dos municípios participantes, “importante destacar a presença de 20 jovens da Casa Familiar Rural, do município de Armazém”, lembra Jackson.
Transição agroecológica
Sobre a produção sustentável, Jackson explica que o SPDH é um caminho possível para a transição agroecológica, pois o método propõe trabalhar a saúde da planta, focando na diversificação das espécies e na cobertura permanente de solo, reduzindo e até eliminando a necessidade de utilizar fertilizantes e adubos químicos.
Para repassar esses conhecimentos técnicos aos presentes, coordenaram o seminário o agrônomo, professor dr. Valdemar Arl e o também agrônomo e pesquisador, Jamil Abdalla Fayad.
Este projeto de Ater para a transição agroecológica tem duração de três anos e é executado a partir de emenda do deputado, Pedro Uczai.